Transporte de bebidas:
06 cuidados a serem tomados

por Marketing ControlGás 

Dependendo do tipo de bebida distribuída, os cuidados no transporte se diferenciam. Aliás, eles começam desde o armazenamento até a entrega. Cervejas, vinhos, refrigerantes e sucos têm diferenciações de tempo de validade, necessidade de temperatura no estoque e nos meios de transporte, etc.

No entanto, há cuidados comuns a todos os tipos de bebidas a serem transportadas. Confira, a seguir quais são eles:

1. Armazenagem adequada

Há cuidados relacionados a cada tipo de embalagem. É preciso considerar aspectos como tamanho e espaço entre cada embalagem, bem como os riscos de danos que cada uma pode correr durante o transporte.

Vidro: este é o tipo mais frágil de carga no transporte de bebidas. O esforço maior é evitar que as embalagens fiquem soltas dentro do veículo, completando espaços com papel, por exemplo;

Plástico: este tipo de embalagem é mais tranquilo de ser transportado. No entanto, é importante ter em mente que a sensibilidade ao calor pode ser o principal calcanhar de Aquiles. Requer, por exemplo, que a carroceria tenha boa ventilação, ao mesmo tempo em que vede a entrada de umidade ou poeira — para evitar a perda de brilho.

Alumínio: também um tipo de embalagem de fácil transporte. No entanto, requer cuidados quanto à umidade, pois pode gerar oxidação que, além de estragar os rótulos, também pode contaminar a bebida. O peso desse tipo de carga requer atenção.

Tetra Pak: este é o tipo de embalagem que permite uma grande economia de espaço durante o transporte. Estima-se que ela ocupe 40% menos espaço do que latas e potes de vidro. O desafio está na resistência das embalagens tetra pack, que são mais delicadas que as demais.

2. Preservação das embalagens

A preservação das embalagens é um dos temas mais delicados no transporte de bebidas. Alguns especialistas recomendam, por exemplo, que o empilhamento desse tipo de produto não seja mais alto que 1,80 metro, e que o peso total da carga não passe de uma tonelada.

Toda atenção quanto à disposição das caixas e engradados no pallet é recomendada. Por exemplo, indica-se empilhar da mais pesada para a mais leve, garantindo a resistência do unitizador com a superfície da carroceria do caminhão.

3. Preservação dos produtos

Toda a cadeia de produção, comercialização e distribuição de bebidas precisa se preocupar com a preservação desse tipo de produto. No transporte, os cuidados devem ser ainda maiores, a depender do grau de fragilidade de cada tipo de produto e, também, de fatores como temperatura, exposição à luz e à poeira e, ainda, os atritos dos caminhões durante os trajetos. Um parafuso sobressalente dentro da carroceria pode furar uma lata, quebrar um vidro e, muitas vezes, gerar um efeito cascata, que pode comprometer boa parte da carga.

Os cuidados a serem tomados diferem conforme o tipo de embalagem e de produto. Se vinhos requerem transporte na vertical, outros produtos embalados em vidro podem ser acomodados na vertical (em alguns casos é recomendado até que sejam colocados de cabeça para baixo).

4. Organização da carga

Fatores como o tempo de estocagem devem ser observados ao organizar a carga para o transporte de bebidas. Isso começa na hora da expedição — despachando primeiro o que está mais tempo no estoque — e, também, ao longo dos trajetos de entrega.

A organização dos paletes dentro da carroceria do caminhão também deve levar em conta a distribuição do peso, preservando o centro de gravidade do veículo.

É preciso pensar na otimização dos espaços, sempre respeitando a fragilidade das embalagens e cada tipo de produto.

5. Rota

Com uma logística de entrega complexa, o transporte de bebidas requer deslocamento de carga bem estratégico. O carregamento precisa ser pensado com base nas rotas a serem percorridas pelo caminhoneiro — considerando os cuidados com a carga e também a otimização de custos.

6. Tempo entre fabricação e distribuição

Há um tempo ideal entre a produção e a distribuição de cada tipo de bebida. Ele depende do produto em si, mas também do tipo de embalagem. Cervejas, por exemplo, têm garantia de que a qualidade será mantida somente até seis meses. Já destilados em geral permanecem em boas condições por muito mais tempo, pois o alto teor de álcool impede a proliferação de bactérias. Já sucos e refrigerantes, quando armazenados em lata, têm um prazo médio de 180, e de 60 dias em embalagens plásticas. O ideal para os atacadistas e distribuidores é que trabalhem com a entrega no ponto de venda com prazos de, no mínimo, 40 dias da data limite.


Fonte: Fabrício Santos